quarta-feira, 11 de julho de 2012

Obrigado, Pai, pelo que NÃO me deu

Quando você é convertido pelo Senhor, aprende a ser cristão imitando outros cristãos, da mesma maneira que uma criança aprende a falar: copiando os mais antigos. Por isso, aprendemos a orar do modo que ouvimos os outros orar. E, em nossos dias, a oração tem sido basicamente ególatra: eu, eu, eu e, por fim, eu. “Deus, o meu emprego, a minha casa, a minha família, a minha filha, o meu carro, a minha vida espiritual, o dom que eu quero receber, me dá, me dá, me dá, EU QUERO DE VOLTA O QUE É MEU!!!”. Perdemos o hábito de interceder. Orar pelos outros parece um negócio secundário na igreja egoísta em que vivemos. Por isso, sempre que agradecemos ao Pai é pelo que ganhamos, pela “bênção recebida”, pela “graça alcançada”, pela “MINHA VITÓRIA!!!”. E esquecemos de agradecer pelo que Deus NÃO nos deu.
“Ahn?! Como assim, Zágari?! Como é que vou agradecer pelo que NÃO recebi?”. Primeiro, meu irmão, minha irmã, porque é bíblico: Paulo nos ensina em 1 Tessalonicenses 5.18: “Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco“.  E tudo é tudo, não é só naquilo em que fomos atendidos. O autor da carta aos Hebreus cita no capítulo 11 uma lista de homens e mulheres que são dignos de nota por sua fé, e acerca deles afirma: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra“.
Uau. Repare que esses servos de Deus morreram sem obter as promessas. Ou seja: não as experimentaram em vida. E ainda assim foram elogiados. Se o autor aos Hebreus vivesse em nossos dias, possivelmente diria “Todos estes morreram sem fé, pois não obtiveram as promessas; vendo-as, porém, de longe, ficaram fulos da vida com Deus, pois decretaram a vitória, tomaram posse da bênção mas não receberam o que queriam e se esqueceram de que eram peregrinos sobre a terra”.
Certa vez voei de helicóptero sobre o Rio de Janeiro, cidade na qual, graças ao bom Deus, vivo há 40 anos. E me impressionei como, vista de cima, havia tantos e tantos lugares que eu não conhecia, nunca tinha reparado, passagens entre ruas, comunidades e casas escondidas… foi revelador. Deus vê as coisas assim, de um modo que não enxergamos. Por isso, muito do que pedimos não recebemos. “Deleita-te no Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração“, diz o salmista no Salmo 37.4, fazendo parecer que Deus nos dará tudo o que nós, seus filhos mimados, pedirmos. Mas nos esquecemos de continuar a leitura e ver alguns versículos à frente: “Mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios“.
Se Deus te dá pouco, glorifique-o. Se Deus não te dá o que você pediu em oração, glorifique-o. Se Deus parece não escutar teus apelos, glorifique-o. Se pedes, buscas e bates e não recebes, glorifique-o. Você o tem e Ele te tem – quer mais do que isso? Se você não recebe o que pediu é porque Deus, de seu helicóptero de onisciência, enxerga o que você não enxerga. Vê o que há depois da curva. Por isso, faça como o homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal: quando sua oração não é atendida, prostre-se, adore o Altíssimo e diga: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!“.
Peça. É bíblico. Jesus nos ensinou a fazê-lo no Pai Nosso. Mas peça sabendo que pode nunca ser atendido. E fique feliz por isso. Pois se você, que tem a visão do futuro e das circunstâncias limitadas, ora e o Pai não te concede, pode ser que seja Deus concedendo o que você pediu em outra oração sua: “Mas livra-nos do mal…“. E, principalmente, esta: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu“. Queremos e solicitamos a Deus que faça Sua vontade – que é boa, perfeita e agradável – mas se Ele faz e ela contraria a nossa vontade nos chateamos. Ou seja: pedimos uma coisa mais excelente do que outra que pedimos depois. O Criador nos atende. E ficamos chateados. Quem nos entende?
Meu irmão, minha irmã, peça. Ore. Clame. Suplique. Mas se sua oração não for atendida, erga as mãos para o Céu, agradeça, adore a Deus e saiba que não recebeu o que pediu porque você tem um Pai que cuida de ti. Pois, afinal, como Paulo deixa muito claro em Romanos 8.28: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito“. Você ama a Deus? Foi chamado  segundo o seu propósito? Então o fato de o Senhor não atender tua oração é a maior bênção que Ele poderia te dar. Seja grato. E ore, agradecido: “Obrigado, Pai, pelo que NÃO me deu”.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Fonte: @mauriciozagari em seu blog APENAS

O Único Salvador!


MÚSICA
Deus do impossível
Toque no Altar

Quando tudo diz que não
Sua voz me encoraja a prosseguir
Quando tudo diz que não
Ou parece que o mar não vai se abrir

Sei que não estou só
E o que dizes sobre mim
Não pode se frustar
Venha em meu favor
E cumpra em mim Teu querer

O Deus do impossível
Não desistiu de mim
Sua destra me sustenta
E me faz prevalecer

O Deus do impossível 
 
Fonte: http://geracaojc1.blogspot.com.br/

A força da sua vida (de oração)


“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.” (Mateus 6.9)
A primeira petição da “Oração do Senhor” (provavelmente um termo melhor seria “A Oração do Discípulo”) é deliberadamente a primeira. Essa petição primaz de que o nome de Deus seja glorificado atua como uma guia-mestra sobre o que os discípulos de Jesus devem orar. Tudo que pedimos em oração e tudo o que fazemos em nossas vidas devem ser pedidos e realizados de maneira que Deus seja glorificado – de maneira que a beleza de suas multiformes perfeições sejam magnificadas por todos que as vejam. A glória de Deus não deveria somente nos levar a orar; deveria moldar tudo pelo que oramos.
Esse é maior dos pedidos que podemos fazer a Deus, porque este é Seu compromisso final e mais fundamental. O Próprio Deus afirmou que tudo o que faz Ele faz com o objetivo principal da glória de Seu próprio nome.
  • Isaías 42.8 – Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei.
  • Isaías 43.7 – A todos… que criei para a minha glória.
  • Isaías 43.25 – Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim.
  • Isaías 48.11 – Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.
  • Ezequiel 36.22-23 – Não é por respeito a vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes.E eu santificarei o meu grande nome.
  • Efésios 1.11-12 – …conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo.
E ele nos deu o mesmo mandamento: glorificá-lo – considerá-lo o mais precioso – em tudo o que fazemos. Tudo em que conduzimos nossas vidas deve ser controlado pelo desejo de que o nome de Deus seja santificado por todos os povos, para Sua glória ser magnificada à vista de todas a criação.
  • 1 Coríntios 10.31 – Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.
  • 1 Pedro 4.11 – Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém.
O próprio Jesus orou dessa forma:
  • João 12.28 – Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei.
  • João 17.1 – Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti.
E também uma grande nuvem de testemunhas nos aconselha sobre o que essa instrução significa em nossas vidas de oração:
  • R.C. Sproul: “Ele está nos ensinando a pedir que o nome de Deus seja considerado sagrado, que seja tratado com reverência, e que seja visto como santo. Devemos perceber nisto se estamos orando de acordo com o padrão que Jesus nos apresenta”.
  • John Piper: “Oramos para que nós mesmos, outros seguidores de Jesus e o mundo reverenciemos e valorizemos o nome de Deus acima de todas as coisas. Essa é a primeira função da oração – orar para que as pessoas busquem a glória de Deus”.
  • Martyn Lloyd-Jones: “Significa um desejo ardente de que o mundo inteiro ajoelhe-se diante de Deus em adoração, em reverência, em louvor, em culto, em honra e em gratidão. Este é nosso desejo supremo? É aquilo que está sempre em primeiro lugar nas nossas mentes não importa sobre o que oremos a Deus? Eu te lembro novamente que isso deveria acontecer em todas as nossas circunstâncias.”
Este é o seu desejo supremo? É a coisa mais importante em suas afeições, em tudo o que você faz? Que Deus providencie que assim seja.
A primeira petição da Oração do Discípulo nos ensina que devemos reorientar todo o nosso pensamento e todos os nossos desejos para que estejam inteiramente sintonizados com a glória de Deus. Como discípulo de Cristo, eu quero seguí-lO. Eu quero pensar como Ele, e me preocupar com aquilo que O preocupava. E, ao tornar evidente tanto pelo Seu exemplo quanto pela prioridade a essa primeira petição, Jesus estava preocupado em glorificar o Pai. Portanto, o desejo pela glória do nome de Deus diante de todos os povos deve dirigir tudo em nossas vidas. Isso inclui nossas vidas de oração.
 
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo.com |