sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A grandeza de pedir perdão

Há alguns dias uma pessoa me pediu perdão. Foi alguém que me causou mal meses atrás ao fazer afirmações a meu respeito que foram muito além de quem eu sou, de minhas atitudes e das verdadeiras intenções de meu coração. Confesso que eu jamais esperaria que, passado tanto tempo, chegasse aquele e-mail, com palavras tão cristãs: “Por ser essa vil pecadora, peço-lhe humildemente perdão por tudo o que lhe fiz, por ter deixado o mal exercer o domínio da minha vida, quando permiti que o pecado entrasse em meu coração (…) A vida não para pra gente consertar os erros, porque erros não se consertam, apenas os confessamos e esperamos que pela misericórdia sejamos perdoados”. Admito que fiquei muito comovido.  Muito, muito, muito. Chorei uma manhã inteira. Pois, embora o perdão seja um dos alicerces do Evangelho, poucos são os que têm a grandeza de realmente superar seu orgulho e reconhecer os erros. Mesmo que no passado aquela pessoa tenha apresentado para pessoas importantes em minha vida uma imagem distorcida de mim e de meus atos, no presente seu gesto tornou-a admirável aos meus olhos. E tenho certeza que muito mais aos olhos de Deus.
Existe uma ideia de que admitir um erro e pedir perdão seria “se rebaixar”. Mas é exatamente o contrário: é um gesto de bravura, humildade bem-aventurada e que prova crescimento espiritual de um servo de Deus. Quando li o email eu não perdoei tal pessoa – pois já a tinha perdoado meses antes em meu coração e em oração. Mas a fiz saber que estava perdoada e aproveitei para também lhe pedir perdão por todo mal que porventura lhe tivesse feito. Quer saber? Foi um dos sentimentos mais maravilhosos que tive em toda a minha vida. Pois, ao perdoar e pedir perdão, o Reino de Deus se fez presente, o Evangelho genuíno se manifestou e eu creio piamente que os anjos no Céu sorriram e festejaram.
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É certo e seguro, meu irmão, minha irmã, que há alguém a quem você deve pedir perdão. Eu mesmo creio que tenho no mínimo umas 50 pessoas de quem preciso lavar os pés. Dificilmente existe um ser humano que não tenha de humilhar-se por algum mal feito ao próximo, alguma injustiça cometida, algo que disse e provocou feridas. O que é bom, entenda, pois a humilhação aos olhos de Deus é totalmente diferente da humilhação aos olhos dos homens, não é um ato de inferiorizar-se, é um ato sublime. Você pode ter julgado alguém erradamente. Ou difamado essa pessoa. Pode ter tirado dela algo que não lhe pertence. Pode ter magoado seu coração. Pode ter mentido. Pode ter machucado fisicamente. Pode ter prejudicado financeiramente. Pode tê-la passado para trás no trabalho. Pode ter sido injusto em alguma situação. Pode ter feito fofoca sobre ela. Pode ter tomado seu cargo na igreja. Pode ter agido contra ela por inveja ou interesses materiais. Pode ter feito milhões e milhões de coisas que prejudicaram ou magoaram alguém.
A boa notícia é que pedir perdão está ao seu alcance.
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Em sua carta aos colossenses (3.13,14), Paulo descreve o caminho da grandeza: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”. O apóstolo não diz que conviver com pessoas pecadoras é fácil. Conviver comigo, que sou um tremendo pecador, é muito difícil, eu sei. Admiro quem me suporta. Mas quem o faz está cumprindo esse mandamento divino. Temos de suportar-nos e não segregarmos. Esse é o primeiro passo. Em seguida, vem o xeque-mate: temos de nos perdoar mutuamente. Não somente ficar esperando que nos peçam perdão: devemos tomar a iniciativa. Nesse sentido, essa pessoa que me pediu perdão foi muito mais grandiosa do que eu, pois deu o primeiro passo, ainda mais sem saber que já tinha sido perdoada e submetendo-se a possíveis reações hostis que eu poderia ter.
E isso é algo que precisamos ter em mente: nunca esperar o outro vir até nós, importa que façamos a nossa parte. Peça perdão sem esperar ser perdoado ou sem esperar uma boa reação. Faça o que tem de fazer. Faça o que é certo. Faça Jesus se orgulhar de você. Mas se alguém vier primeiro até você e pedir perdão de coração contrito… perdoe. Não importa a dimensão do mal cometido. Importa, isso sim, a dimensão da graça de Deus. Você não faz ideia do bem que perdoar promove em nosso coração. Pedir perdão, então, é algo libertador. Magnânimo. Engrandecedor. Não perca uma oportunidade sequer de fazê-lo, é um dos maiores prazeres e das maiores alegrias que um cristão pode sentir. É, literalmente, divino.
Tudo isso caminha na contramão da nossa cultura. A sociedade prega que devemos estar sempre por cima e manter nosso orgulho. Só que, para o Senhor, é o contrário: “Os insensatos zombam da ideia de reparar o pecado cometido, mas a boa vontade está entre os justos” (Provérbios 14.9). No Reino de Deus, o que te faz grande é se pôr por baixo. Preferir os outros em honra. Humilhar-se para ser exaltado. Tomar na cara sem revidar. Em tudo isso Deus agirá em favor de Seus filhos que procederem conforme o padrão do Reino e não o deste mundo.
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Quando tais falácias foram ditas a meu respeito tempos atrás, eu poderia ter revidado, retaliado, me defendido, posto a boca no trombone – ou seja, ter agido conforme a raiva e o ódio do mundo. Mas já tinham me ensinado àquela altura que o caminho da Cruz é o de não devolver mal com mal, fazer o bem a quem nos faz mal, orar e abençoar quem nos persegue. E, o mais difícil de tudo: não se defender. Mesmo que rangendo os dentes, suportar tudo calado. Não ficar tentando desmentir exageros ditos a seu respeito e que não condizem com a realidade. E por quê? Simplesmente porque foi o que Jesus fez. É a atitude bíblica, como Paulo deixa claro em Romanos 12. Tenho certeza de que a opção de suportar em silêncio, sem me defender ou dar o troco, pesou no mundo espiritual para o bem de todos e, enfim, para esse pedido de perdão. Que me permitiu levar a essa pessoa a paz de saber que já estava perdoada e também lhe pedir perdão por qualquer mal que lhe tenha feito. Em resumo: para fazer o Evangelho entrar em ação e ter consequência.
Deus criou mecanismos perfeitos de funcionamento das coisas: quando não revidamos Ele nos abençoa. Quando não devolvemos mal com mal Ele nos abençoa. Quando aguentamos o vitupério em silêncio sem nos defendermos Ele nos abençoa. Quando temos a grandeza de pedir perdão Ele nos abençoa. Quando concedemos perdão Ele nos abençoa. O modo de ser e agir do Reino é maravilhoso. É lindo. Nunca será defendido nos filmes de Hollywood ou nas novelas da televisão, somente nas páginas das Escrituras. As atitudes cristãs fazem as pessoas se aproximarem entre si. Fazem as pessoas se aproximarem de Deus. Dá a elas a aparência de Cristo. Se agirmos sempre como Jesus agiu estaremos pondo no rosto do manso Cordeiro um largo sorriso.
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Você fez mal a alguém, meu irmão, minha irmã, mesmo que tenha sido sem querer ou num momento impulsivo ou de raiva? Não perca tempo: peça perdão ainda hoje. Alguém te feriu muito? Não perca tempo: perdoe-o antes mesmo que ele lhe peça perdão. Disseram que você fez muito mais do que fez – ou mesmo o que não fez? Ou mesmo acreditaram no que foi dito sem ao menos lhe perguntar se tudo condiz com a realidade? Entregue nas mãos do Pai de amor, como o Filho de amor fez. E, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, não abra a boca. Entregue a situação para Deus e espere. É difícil? Pode ser, mas é cristão.
O Natal está chegando. Esse pedido de perdão chegou em boa hora, pois me lembrou enfaticamente do significado primordial dessa celebração cristã. A vinda do Verbo para reconciliar, perdoar, unir, restaurar. Domingo passado estive em um culto na Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro e, ao som do belíssimo “Gloria”  de Vivaldi, entoado por um grande coral e um lindo órgão, chorei novamente, emocionado, lembrando-me do real sentido do Natal. Ali agradeci a Deus por ter-se dado por nós e nos ensinado a ser como Ele é. Perdoador. Manso. Humilde. Amoroso. Contrito. Um embaixador da paz.
Gostaria de terminar com a letra desse hino de Vivaldi, que resume bem a gratidão que sinto neste momento e o que todos devemos dizer ao Senhor – palavras que o coral de anjos cantou ao anunciar o nascimento de Jesus aos pastores no campo próximo a Belém (Lucas 2.14):
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Gloria, gloria! Gloria, gloria in excelsis Deo!
(Glória, glória! Glória, glória a Deus nas alturas!)
Peça perdão a quem precisa pedir. Hoje. Agora. Já. Não espere. Não perca tempo. Não condicione isso a qualquer coisa: nunca diga “só pedirei perdão se…”. Não! Passe a mão num telefone, escreva um email, vá até a outra pessoa… e aja conforme o coração de Jesus. Não espere um segundo mais. Eu te asseguro que isso te fará admirável aos olhos dos homens. E, muito mais, de Deus.

Antes de qualquer coisa sou um ser humano

 
Compreender a dinâmica entre o humano e o espiritual, o temporal e o atemporal é certamente essencial para a caminhada cristã. Cada cristão necessita diariamente reconhecer e conhecer as essencialidades da sua própria humanidade, antes mesmo de perscrutar os mistérios da espiritualidade. Deste modo, é saudável para qualquer discípulo de Jesus Cristo ter a consciência de que, antes de ser um crente, ele é gente, antes de ser “homem de Deus”, ele é homem, e antes de ser espiritual é um ser humano.
Eventualmente, o cristão pode desenvolver inconscientemente a cultura do “super crente”, onde o entendimento é de uma vida extraordinária que elimina o fracasso, o medo, e as frustrações da vida, porém, esta percepção equivocada perdurará até o momento, em que, o individuo fracassar ou for novamente assediado pelo medo, redescobrindo que continua sendo um ser humano, relativo, frágil e carente da graça e do amor divino.
Infelizmente, a teologia e a missão de alguns redutos cristãos que objetiva transformar seres humanos em semi-deuses, ou numa espécie da humanjos (homens anjos), provoca estragos indizíveis na mente de pessoas sinceras, mas equivocadas com relação a consciência do significado do verdadeiro evangelho de Cristo Jesus.
É valido ressaltar ainda que, a maioria dos cristãos que em algum momento creu na falácia da supremacia espiritual ( que pretende nos tornar em seres angelicais), normalmente acabam possuindo um senso de preconceito, e juízo tão elevado como sua própria loucura espiritual disfarçada de falsa piedade, podendo vir fatalmente ser vitimado pela verdade eterna que declara: “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” (Mateus 7.2).
Meu objetivo não é justificar o pecado característico de nossa natureza pecaminosa, nem tão pouco engrossar as fileiras do liberalismo teológico em ascensão neste momento, mas antes, desejo celebrar a beleza do paradoxo da nossa humanidade concedida pelo próprio Deus:
- Que nos formou do pó da terra, ao mesmo tempo em que, nos fez alma vivente.
- Que colocou o tesouro do conhecimento da gloria divina em vasos de barro para que a excelência do poder seja Dele e não de nós. (2 Coríntios 4.7)
- Que escolheu homens limitados, simples, e rejeitados para evangelizar o mundo com o evangelho da paz.
- Que conhece a nossa estrutura, e lembra-se de que somos pós, mas mesmo assim, nos faz dominar sobre as obras das tuas mãos. (Salmo 8.5)
- Que declara um adultero e homicida como “o homem segundo o seu coração”.
- Que nos faz almejar pelas coisas do alto, mesmo sabendo que o pecado é intrínseco a nossa existência, levando o apóstolo a clamar: “Porque o bem que quero fazer não faço, mas o mal que não quero esse faço. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7.19,24)
Em resumo, a beleza do ser humano, não está na possível perfeição dos anjos, ou na absoluta santidade divina, mas antes, nas contradições que o habitam, e fazem o próprio Deus declarar – “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” Levando assim, o apóstolo (Paulo) a afirmar - De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” (2 Coríntios 12:9)

Fonte: Artigo cristão escrito por Samuel Torralbo - Cristão por adoção, Pastor por vocação, Escritor por paixão. Formado em Teologia pela Faculdade Metodista de São Paulo, Diretor do Instituto Teológico Petra, e fundador do projeto Em Defesa da Igreja, Co-Pastor na Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Casa Verde Alta em Mogi das Cruzes.

Quem ora mais, se preocupa menos

Nos preocupamos tanto com o dia de amanhã que perdemos aquilo que Deus tem para nós hoje.

Precisamos aprender a confiar mais em Deus.
A ansiedade, além de nos fazer perder a paz, nos faz perder muitas outras coisas também.
“Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.” 1 Pedro 5:7
“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” Filipenses 4:6,7
Quem ora mais se preocupa menos.
Nos preocupamos tanto com as coisas de amanhã, e até deixamos de orar e ter um tempo de qualidade com Deus devido as preocupações de ter que acordar cedo e fazer um monte de coisa no dia seguinte. Isso revela o como somos limitados e incoerentes com aquilo que cremos. Dizemos que cremos em Deus, mas queremos fazer as coisas do nosso jeito. Vamos dormir sem perguntar para o Senhor se podemos ir dormir ou se Ele tem alguma coisa para dizer antes.
As vezes não precisamos de muitas horas de sono, e sim, muitas horas na presença de Deus, orando e ouvindo àquilo que Ele tem para dizer.
“Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.” Salmos 4:8
O segredo de Davi não estava na cama e no colchão, estava na intimidade que Ele desfrutava com Deus.
Que Deus te abençoe!
Um grande abraço daquele que precisa orar mais.

Fonte: Tiago Xitão do blog O dedo tecla do que o coração está cheio

No namoro, pense no “nós” e não no “eu”

namoro-cristao-brigasTudo ia bem entre o casal. Apelidos carinhosos, suspiros apaixonados, sorrisinhos constantes até que… surge o primeiro desentendimento. Eles achavam que aquilo seria impossível acontecer já que estavam tão bem. Seria um aviso de Deus falando que esse namoro não vai dar certo?
A maioria esmagadora dos relacionamentos começa naquele momento apaixonado, onde ambos flutuam enquanto passeiam de mãos dadas. As árvores são de algodão doce, as casas são feitas de bolachas e os rios de chocolate. Tudo é lindo! Mas, chega o momento em que essa paixão termina. E é nesse ponto onde começam algumas brigas. A razão pela qual esses desentendimentos surgem é porque agora, depois que a poeira… digo, a paixão abaixa, nós conseguimos ver realmente algumas características da pessoa que não nos agradam.
Não confunda paixão com romance. Também existe um outro detalhe: Querer se relacionar com alguém, mas continuar sendo individual.
Isso acontece quando a pessoa se preocupa com o “eu” em vez do “nós”.
“Mas eu estou certa e ele errado! Ele é quem deve me pedir desculpas!”
Quem diz essa frase também está errando. Tudo bem, o cara deu uma mancada e agora você está aí com seu orgulho ferido esperando que ele venha até você te pedir desculpas certo? ERRADO! Dessa forma você está pensando no “eu” e não no “nós”. O casal pode estar junto, mas seus pensamentos estão separados. Ambos precisam pensar no propósito desse namoro, ou seja, em vez de trabalhar individualmente (“eu” tenho a razão), trabalhe em conjunto (nós estamos juntos e vamos vencer essa)!
Namoro não é só flores e diversão! Existem momentos onde você é tratado também. Momentos em que você precisa ceder, dar o braço a torcer.
Exemplo:
Digamos que aconteceu um desentendimento em um casal e a mulher tem a razão na história. Ela fica irritada com a situação e acaba querendo retribuir o erro do homem na mesma moeda, ou seja, como resposta, ela o trata sem o respeito devido. O problema, no entanto, é que ao ser tratado sem respeito, o rapaz deixará de tratar ela com amor. Isso vira um ciclo maligno!
O que fazer neste caso?
Alguém precisa dar o braço a torcer para quebrar o ciclo. Ainda que tenha razão, porque em um relacionamento não se observa qual dos dois tem a razão e sim como farão para vencer essa dificuldade juntos.
O foco não deve ser “a pessoa que errou” e sim “o erro da pessoa“. Ao tratar o assunto, não se deve condenar a pessoa que errou e sim ajudar e orientar.
O casal deve trabalhar em equipe para que ambos possam crescer juntos. Desentendimentos servirão para que se conheçam melhor.
Como o ferro com ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo. Provérbios 27:17
Sua função como namorada(o) é levar seu cônjuge para mais perto de Deus e é com atitudes parecidas com as de Jesus é que você fará isso.
Guarde esta frase: É melhor amar do que ter a razão.
Deus nos dê sabedoria e graça nessa tarefa de levar nosso cônjuge pra mais perto Dele.

Fonte: Fernando Ortega do Não Morda a Maçã

Entrevista: Thalles fala sobre sua vida antes de Jesus

Em três anos de carreira na música evangélica, ele vendeu 600 mil discos
O mineiro Thalles conta 600 mil discos vendidos em três anos de carreira na música gospel. Filho de pastores evangélicos, passou por mais de uma década de trabalho nos bastidores da música secular – compôs ‘Lindos olhos’ para Seu Jorge, foi vocalista de apoio do Jammil e Uma Noites e Jota Quest. Foi em turnê com a banda conterrânea que ele teve uma epifania.
“Eu estava em um hotel em Curitiba com um amigo no quarto, a gente estava usando drogas. Ele começou a me agredir com algumas palavras, dizendo que meu objetivo era destruir a vida das pessoas. Ele me ofendeu muito. Naquele momento eu comecei a refletir sobre tudo o que eu estava fazendo”, diz Thalles em entrevista ao G1.
Hoje casado e pai de dois filhos, de três e cinco anos, o cantor e pastor evangélico é o maior sucesso de público gospel brasileiro. Foi o maior vencedor do ‘Troféu Promessas de 2012′ e cantou no festival homônimo, transmitido pela TV Globo no último sábado (15).
Confira a entrevista:
Thalles faz performance vibrante no ‘Festival Promessas 2012′, em São Paulo
No Troféu Promessas, você agradeceu à Ana Paula Valadão, disse que ela era um exemplo. Por quê?
Quando comecei a acompanhar a música gospel, ainda estava no Jota Quest. Ouvia a Ana Paula cantando e me sentia intrigado. Como uma pessoa no começo de sua juventude abria mão disso para viver Deus? Não era o que eu vivia, e isso me deixava confuso. Hoje consigo entender uma pessoa jovem dar sua vida para Deus. O jovem quer curtir, quer balada, quer festa, quer aproveitar sua juventude. Ela gastou a juventude dela falando de Deus. Isso é um exemplo para todos nós.
O que te fez mudar de ideia?
Foi a minha conversão mesmo. A minha aceitação de Jesus como Salvador. Mudei de opinião e comecei a olhar as coisas com a perspectiva de Deus. É muito legal ser um instrumento, andar pelo Brasil falando de Deus. Hoje faço parte desse time.
Metade das atrações do Festival Promessas (Thalles, Diante do Trono e André Valadãox) veio de uma igreja só, a Batista da Lagoinha de Belo Horizonte. É uma igreja milagrosa? Qual é sua história nela?
Ela é muito especial. A música gospel mineira tem uma proporção gigantesca no meio. Tem uma pessoa especial, o pastor Márcio Valadão, pai do André e da Ana Paula. E é “meu pai” também, me ajudou muito no início da carreira – financeiramente, espiritualmente, como amigo, orando por mim, pagando minhas dívidas, minhas contas, me aceitando e deixando participar do culto. Lá é sim um celeiro de talentos.
Quanto tempo você tem de carreira, e quanto na música evangélica?
Eu canto desde cinco anos, estou com 35. Carreira eu considero desde que se começa a levar a música a sério. Aos 15 anos eu decidi não fazer nada além de cantar. Então são 20 anos. Música gospel são três anos. É um tempo curto para esse nível de reconhecimento. Mas eu acredito que é uma coisa de Deus mesmo, ele me separou para fazer isso.
Thalles durante gravação do CD e DVD ‘Uma história escrita pelo dedo de Deus’
Qual a diferença, para você, entre ser músico e ser músico gospel?
A mensagem mesmo. O que o músico secular que falar é da vida dele – amor, namoros, traições, noitadas. A gente fala das nossas experiências com Deus. A alegria que sentimos, a bênção que é você não guiar sua vida, mas deixar Deus dirigir tudo.
No clipe de ‘Deus da minha vida’ você conta uma história sobre iluminação. Como aconteceu?
Eu estava em um hotel em Curitiba com um amigo no quarto, a gente estava usando drogas. Ele começou a me agredir com algumas palavras, dizendo que meu objetivo era destruir a vida das pessoas. Ele me ofendeu muito. Naquele momento eu comecei a refletir sobre tudo o que eu estava fazendo, a maneira que estava conduzindo minha vida, minhas baladas, noitadas, “chapações”. Meu contato com a droga vinha me prejudicando e também às outras pessoas. Decidi voltar para a Casa do Pai. Foi como se a luz de Deus viesse dentro do meu quarto e dissesse: “Meu filho, você esta perdido pra caramba, precisa endireitar seu caminho”.
Era uma viagem de turnê?
Estava em turnê com o Jota Quest.
Thalles Roberto foi ungido pastor durante culto na Igreja Sara Nossa Terra de Passos (MG)
E como você fez? Anunciou no outro dia que ia sair da turnê?
Comecei a pedir para Deus em orações para mostrar o meu caminho. Eu não tinha como sair, dali eu tirava meu pão, o sustento da minha família. E Deus começou a me levar para o caminho que ele tinha para mim. As coisas começam a acontecer sem que você tenha controle sobre elas. As portas começaram a se abrir. Depois disso eu ainda fiquei dois anos no Jammil e Uma Noites. Depois é que eu realmente decidi sair. Primeiro eu parei de fumar, de usar drogas, de me prostituir. Fui cortando tudo o que me atrapalhava e atrapalhava a vida das pessoas.
Se prostituir em que sentido?
No sentido de pegar todo mundo, pegar mulher casada, ficar com um monte de mulher, fazer suruba, rolava tudo. Aí Deus foi me ensinando que a vida não era assim, eu tinha sido criado para ter uma família, para viver uma vida em paz.
Você já compôs para artistas seculares como Seu Jorge. Pretende continuar fazendo isso?
Não, agora estou 100% com o gospel. A gente fala da nossa verdade, e aquilo não é minha verdade. Eu faço algumas músicas românticas, canto para minha esposa. Talvez no futuro a gente possa gravar um disco de músicas românticas para a família.
Seu show tem presença de black music. Quais são suas influências musicais?
Lionel Ritchie, Stevie Wonder, Michael Jackson, Lenny Kravitz, Dianna Ross. Foram as coisas que eu mais ouvi. Também Mariah Carey, Boyz II Men.
Ainda escuta música secular?
Hoje eu não ouço nem música secular nem gospel. Eu quero tirar a minha essência do coração.
Como você avalia hoje sua experiência no Jota Quest?
Foi muito positivo. Eu sou amigo dos meninos até hoje, a gente conversa sempre. Acho que eu aprendi muito ali. Acho que meu som não tem nada a ver com Jota Quest. Mas aprendi a passar a verdade ali no palco. Ter presença de palco, fazer entrevistas. Foi um tempo de muito aprendizado em todos os aspectos.
Mas voltaria para uma turnê?
Não, em hipótese alguma.

Fonte: G1

Desenvolva a resiliência

E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança (Rm 5.3,4, NTLH).

Desse texto, podemos extrair o seguinte ensinamento do apóstolo Paulo: se dependermos de Deus e soubermos administrar os momentos de adversidades, conquistaremos virtudes importantes para o nosso viver, como a paciência, a experiência e a esperança, e seremos exemplo, estímulo e bênção para outras pessoas.

Essa é uma grande verdade, pois estamos sujeitos a enfrentar circunstâncias difíceis, dolorosas e por vezes traumáticas, situações que, infelizmente, causam desequilíbrio emocional a muitas pessoas. A maioria destas, por não saber lidar com as dificuldades, desiste de viver, comete suicídio ou permite que sua vida fique paralisada.

As pessoas resilientes têm mais facilidade para suportar o sofrimento porque nos momentos de adversidade não perdem a esperança, o otimismo, a fé e a coragem, virtudes que as mantêm mais saudáveis mental e emocionalmente. Elas se tornam mais fortes após vivenciarem situações traumáticas. Leia o que está escrito em Filipenses 4.12,13.

Os que têm essas características desenvolvem uma postura que demonstra energia, entusiasmo, domínio próprio e autoconfiança. Reconhecem que o ser humano está sujeito a enfrentar adversidades em sua trajetória.

Jesus Cristo nos ensinou a sermos resilientes, conforme lemos em João 16.33 (NTLH): Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo.

Nesse texto, o Senhor destaca que a paz e a coragem geram em nós uma grande vontade de viver e de superar todos os reveses, pois elas são sentimentos essenciais para vencermos o medo, a insegurança e o desânimo.

Em geral, a resiliência depende de algumas condições psicológicas internas e externas. Resilientes são pessoas otimistas e positivas, que assumem as suas responsabilidades, prezam a autonomia, estabelecem vínculos sociais e familiares construtivos e são flexíveis no que diz respeito à mudança de posicionamentos, sentimentos e pensamentos.

No âmbito das condições externas estão as relações que promovem suporte afetivo, material, acolhimento e cumplicidade. Pessoas assim estão abertas para o novo e aprendem a vivenciar a lei do desapego.

O mundo é dos fortes. Podemos considerar como fortes aqueles que dependem de Deus, que creem que com fé, coragem, otimismo, confiança e esperança superarão os obstáculos, aprenderão a recomeçar e não desistirão de seus objetivos. Indivíduos assim sabem o desígnio do Senhor para sua vida.

Quanto maior for nossa resiliência, maiores serão as condições para o nosso desenvolvimento pessoal, profissional, espiritual e material. Por isso, não se deixe abater pelo desânimo. Tenha sua fé firmada nas promessas de Deus e não abra mão dos princípios em Sua Palavra. Haja o que houver, seja fiel e leal ao Senhor, pois com Ele somos mais do que vencedores!

Prª Elizete Malafaia é psicóloga, terapeuta de família, formada em Teologia e coordenadora do Grupo de Terapeutas Cristãos