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O ser humano é
composto de corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23). Todavia, existe a
doutrina dicotômica, que reconhece apenas dois elementos na constituição
do homem: a parte física e a parte imaterial — o corpo e a alma, sendo
esta o princípio de vida que anima o corpo.
Essa
interpretação não faz distinção entre espírito e alma, exceto que o
primeiro seja um desdobramento da segunda. Tal doutrina é baseada em
textos como Mateus 10.28, que indica que o ser humano é composto apenas
de corpo e alma (cf. 1 Co 5.3), e no fato de os termos espírito e alma às vezes serem usados de maneira intercambiável.
Contudo, não há
como negar que a Bíblia menciona os três elementos, e que as
características de cada um podem ser verificadas. Esse, porém, é um
assunto que se localiza nos relativos bíblicos.
O posicionamento
como dicotomista ou tricotomista em nada afetará os absolutos da Palavra
de Deus nem trará prejuízo algum à vida cristã.
Corpo
O corpo é o tabernáculo da
substância imaterial do homem, a morada da alma e do espírito (2 Co
5.1). Os filósofos do passado e o gnosticismo desprezavam o corpo
humano, considerando- o um estorvo às aspirações da alma. No entanto, a
doutrina cristã o tem em alta conta, digno de ser mantido irrepreensível, tanto quanto a alma e o espírito (1 Ts 5.23). Além disso, ele é o templo do Espírito Santo, que habita em nós (1 Co 6.19).
Alma
A alma é a sede
da vida do ser humano ou, como alguns definem, a própria vida. Myer
Pearlman a define como "aquele princípio inteligente e vivificante que
anima o corpo humano, usando os sentidos físicos como seus agentes na
exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para se expressar e
comunicar- se com o mundo exterior" (Pearlman, 1990, p. 73). A alma é
também a sede do intelecto, da vontade e das emoções (Sl 42.2; 139.14;
Ap 18.14).
Espírito
Ao criar o homem, Deus soprou em seus narizes o fôlego da vida (Gn 2.7). De acordo com Timothy Munyon, o espírito "é considerado um poder sublime que estabelece os seres humanos na dimensão espiritual e os capacita à comunhão com Deus" (Williams, 2011, p. 248). É o espírito que estabelece a comunicação entre o ser humano e o mundo espiritual.
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