quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A despedida de um publicano

Por que será que Jesus escolheu Zaqueu?

Da redação / Foto: Thinkstock
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Nos tempos do Novo Testamento, ninguém era mais odiado pela ala religiosa, do que os cobradores de impostos; também chamados de publicanos. Essa gente, judia por nascimento, por motivos pessoais, tornavam-se fantoches nas mãos do opressor Império Romano. O papel dos tais era arrecadar o dinheiro do povo, para alimentar a máquina do sistema.
O Governo lhes concedia autonomia, para extorquir do povo em geral, se possível, até a última moeda. Numa espécie de concurso público, tornava-se um publicano aquele candidato que aceitasse como comissão a menor taxa de juros. Depois de assumir o cargo, aproveitavam-se da situação e se o imposto a arrecadar era dez cobravam-se doze e embolsavam a diferença. Foi assim que muitos acumularam riquezas.
Neste contexto, era prática comum no Império tornarem os endividados em escravos. Ou ainda, aqueles que não conseguissem quitar suas dívidas tinham os seus filhos vendidos. A carga tributária cobrada aos mais ricos era absurda, e isto, irremediavelmente, recairia sobre os mais pobres, aumentando assim o comércio de escravos. Perguntamos: quantas famílias não foram dissolvidas por conta da ganância dos publicanos?
No Novo Testamento, dois coletores de impostos se sobressaem: um foi Zaqueu – o que subiu na árvore para ver Jesus -, e o outro foi Levi.
É difícil para uma mente religiosa compreender, como o Senhor Jesus pôde ter escolhido como discípulo, justamente alguém advindo desse meio: um homem, que enriqueceu a custa da miséria alheia.
O sistema religioso da época ensinava que para ser aceito por Deus, era necessário fazer coisas, antes de ser. Sendo assim, o ser humano precisava provar ser merecedor do perdão divino, para enfim desfrutá-lo.
O Senhor Jesus inaugura um conceito completamente diferente, quando é convidado por Levi para um jantar de despedida. Na casa, estava o rol dos pecadores mais odiados de Israel. Jesus senta-se à mesa, e desfruta de companhia de gente marginalizada pelos religiosos. Mas o que estava por vir seria o que realmente chocariam os fariseus:
Disse Jesus: “...Eu não vim chamar os justos, e sim, os pecadores ao arrependimento” (Lc.5:32).
Jesus compareceu ao banquete de cobradores de impostos pela mesma razão que um médico vai ao hospital fazer cirurgias: É ali que é necessário!
Naquela noite, Jesus esteve cercado por pessoas que nunca se aproximariam de Deus, dos Templos, ou dos representantes dEle, mas Deus, na Pessoa do Senhor Jesus, com Seu amor incondicional, se aproximou deles, para dar-lhes a chance de Salvação, de que outro modo, jamais seria possível!
Dentre tantos salvos ali, o principal fora o dono da casa, Levi, que é o sobrenome do discípulo que conhecemos como Mateus – o autor do primeiro Evangelho.
A conclusão que chegamos é que não há nada que o ser humano possa fazer que leve Deus a amá-lo mais ou menos. Na realidade, não somos nós quem O aceitamos, mas Ele, em Sua grande misericórdia, nos aceita tal como somos. Por isso, despeça-se do pecado, e se entregue a Ele! 

Fonte: Arca Universal.

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